quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Divulgação -- Evento Fast Runner

Evento divulgado pelo MagliaRosa.
Bate-papo com o ex-ciclista profissional francês Ronan Pensec, que correu o Tour de France por diversas vezes, tendo terminado 2 edições entre os 10 primeiros e vestido a camisa amarela por 2 dias na edição de 1990.

Evento gratuito, inscrições pelo e-mail hpolizio@fastrunner.com.br
Informe seu nome completo e telefone.


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

X Copa América de Ciclismo

Como de costume, a prova de abertura do ano de 2010 para o ciclismo brasileiro foi a Copa América de Ciclismo, competição que chegou à sua décima edição neste ano.

Vitória de Luciene Ferreira -- Scott/Marcondes César -- na prova feminina (foto: Bikemagazine)

Não é necessário aqui escrever sobre a prova nem informar os resultados, já suficientemente divulgados em outros locais. Quero apenas comentar fui a Interlagos e tive a felicidade de chegar a tempo de assistir as provas feminina e masculina. Mesmo ficando limitado a ver somente a passagem do pelotão pela reta de chegada a cada volta, valeu muito. É bom para o ciclismo ter público presente ao vivo, e é papel de todos nós ir aos locais de prova prestigiar. Para a prova feminina, o público foi pouco numeroso, mas já para a masculina os espectadores chegaram em número razoável.

Chegada da prova masculina, surpresa na longa arrancada final de Geraldo Souza Júnior -- São Lucas Saúde/UAC (foto: Bikemagazine)

Apesar do final da prova masculina ter sido bastante interessante, com algo diferente do sprint que já estou cansado de ver (quase sempre os mesmos ciclistas...), torci mesmo para que a fuga conseguisse durar até o final. Não me lembro quando foi a última vez que acompanhei uma fuga sendo bem-sucedida em uma prova nacional. Não sei se são as táticas aplicadas pelas equipes que provocam a chegada em pelotão de sempre, mas seria bastante interessante ver uma chegada clássica, com cooperação dos escapados até os últimos metros e talvez um pouco de rope-a-dope no final...

domingo, 3 de janeiro de 2010

Murilo Fischer continua no Pro Tour

Informações da semana passada davam conta de que o brasileiro Murilo Fischer havia finalmente assinado com a equipe Acqua & Sapone, após sair da Liquigas e chegar a considerar a volta ao Brasil por não ter garantia de um contrato para 2010. A Acqua & Sapone é uma equipe Profissional Continental, classificada abaixo das equipes do Pro Tour.

Murilo Fischer vencendo a edição de 2009 do Giro della Romagna (foto: Cyclingnews)

Mas, segundo divulgado hoje pelo Cyclingnews e também pelo Velonews, Murilo assinou com a Garmin-Transitions e vai portanto continuar correndo provas do Pro Tour, prestando apoio ao principal sprinter dessa equipe, Tyler Farrar, nas chegadas. Esperemos que em algumas prova Murilo corra como principal e consiga alguns resultados importantes.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

MMX

É, MMX chegou -- estejamos nós preparados ou não.

O primeiro post do ano seria sobre outro assunto, mas justamente hoje, talvez justamente por conta do clima que acompanha a passagem de ano, 2 matérias interessantes que encontrei em sites de ciclismo chamaram muito minha atenção.

Achei as matérias dignas de comentário no primeiro post do ano por, em meu entendimento, tratarem do mesmo tema: mudança. Mudança é o que muitos projetam para um novo ano, e essas histórias podem servir de exemplo para quem esteja pensando em colocar um pouco mais de bicicleta em sua rotina em 2010.

Vamos às histórias. A primeira delas conta como Neil Bezdek, um bike messenger de Nova Iorque, tornou-se profissional após apenas 2 temporadas no cliclismo. Resumindo a história, que pode ser lida tal qual publicada no VeloNews neste link, Neil estava cansado de trabalhar fazendo entregas de bike, mas não cansado de pedalar. Então, no início de 2008, participou de uma corrida local, na categoria iniciante (Category 5), e venceu. Venceu também as 7 corridas seguintes.

Neil Bezdek participando da prova Grant's Tomb, em Nova Iorque (foto: Anthony Skorochod)

A rápida ascenção de Neil pelas categorias amadoras até chegar a um contrato com uma equipe certamente se deve por sua aptidão para o esporte. Mas, mais do que isso, como comentado pelo ex-corredor local e promotor Charlie Issendorf, foi a constante procura de atingir seu limite. Segundo ele "é fácil permanecer em uma categoria por muito tempo, ficar contente com as vitórias e nunca avançar para o nível acima".

De fato é difícil avaliar as escolhas feitas e as dificuldades encontradas pelo ciclista, mas é mencionado no texto que após trocar o trabalho como courier por um escritório, ele teve que encontrar tempo para treinos antes do horário de trabalho -- sinal de dedicação e certamente uma mudança importante em sua rotina.

A segunda história é contada em primeira pessoa, pelo inglês Clive Chapman, no BikeRadar e em seu próprio blog. Após 10 anos sem pedalar, Clive estava, em junho passado, com mais de 140 kg -- peso que, segundo o próprio, configurava obesidade mórbida. Além da obesidade, pressão alta e outros problemas de saúde o acompanhavam. Em suas próprias palavras, ele seguia em direção à sua própria cova.

The massive MTBer (foto: Clive Chapman)

Após descobrir um blog de alguém com idade próxima -- 45 anos -- contando uma história parecida com a sua, ele decidiu tirar o pó de sua bicicleta e passar a usá-la para ir ao trabalho. Inicialmente percorrendo metade do caminho de carro e metade de bike, dia sim, dia não. Em dezembro, ele passou a fazer, todos os dias, o percurso completo, de quase 20 km. No total acumulado nesses 6 meses ele já percorreu quase 2000 km.

Blog de Clive Chapman com informações sobre o progresso feito sobre a bike

O hábito de pedalar o ajudou a perder quase 20 kg até o momento. Certamente nesse novo ano a quilometragem vai aumentar e opeso diminuir. Vale a pena acompanhar o blog e torcer pelo sucesso do cidadão.

É importante observar que são fatos ocorridos em locais onde a realidade é muito diferente da nossa. Aqui, tanto o transporte quanto o esporte apresentam desafios muito maiores, exigindo mais coragem e força de vontade. Por outro lado, em nosso país, é isso que ocorre em muitos outros aspectos. Nas grandes cidades, o transporte é um problema qualquer que seja o modal escolhido por ou imposto a cada um de nós. No esporte, quando não há bola -- em muitos casos, mesmo com bola -- faltam interesse, apoio, patrocínio, estrutura e outras coisas mais. Quero dizer com isso que, dentro de nossa realidade, temos que buscar caminhos. Seja trocar o congestionamento ou transporte público precário pela pedalada desconfortável e insegura, seja buscar o lazer participando dos (ainda) poucos passeios e provas a que temos acesso.