A Ciclofaixa de São Paulo reflete perfeitamente o quanto se pensa e o quanto se procura estimular o uso da bicicleta na administração municipal. O blogueiro de vulgo luddista, em seu excelente Apocalipse Motorizado, já escreveu sobre os não-prós e os contras da Ciclofaixa tal como foi implantada. Para quem não tiver tempo de ler tudo, destaco o trecho que contém o que pra mim é o principal ponto, como bem descrito por ele:
No projeto paulistano, a faixa escolhida para o tráfego de bicicletas nas manhãs de domingo foi a da esquerda. Segundo técnicos envolvidos no projeto, a escolha das faixas à direita (de tráfego mais lento) traria complicações já que a maior parte das conversões dos veículos motorizados são feitas à direita (e não à esquerda). Perdeu-se aí uma grande oportunidade pedagógica de reforçar a preferência do ciclista na via: carros que viram à direita DEVEM dar preferência aos ciclistas que seguem reto. Essa é a prática em todas as cidades que consideram a bicicleta parte do trânsito.
Bem, bastou a cidade ter um outro evento de grande porte -- a Virada Esportiva, para que faltasse efetivo da CET para fiscalizar o 'funcionamento' da Ciclofaixa. E, afinal, faz todo sentido -- se o evento é esportivo, vamos dificultar que as pessoas se locomovam de bicicleta. Elas precisam chegar aos locais das atividades sem o menor desgaste físico! Não é isso?
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